Efeito do bioterápico de Alternaria solani na pinta-preta em tomateiros e no desenvolvimento in vitro de fungos - IJHDR Carneiro SMTPG, Romano EDB, Pignoni E, Teixeira MZ, Vasconcelos MEC, Gomes JC. Effect of biotherapic of Alternaria solani on the early blight of tomato-plant and the in vitro development of the fungus. International Journal of High Dilution Research 2010; 9(33): 147-155. Disponível em: http://www.feg.unesp.br/~ojs/index.php/ijhdr/article/view/410/451 Resumo Introdução: a homeopatia é um recurso permitido na agricultura orgânica, para o controle de doenças e pragas; bioterápicos constituem numa maneira prática para produtores intervirem na saúde de plantes, em sistemas de produção agro-ecológico. Plantas de tomate podem ser afetadas por várias doenças. A pinta-preta, causada pelo fungo Alternaria solani, é uma das mais críticas no Brasil, atingindo várias regiões do país. Objetivos: verificar se o bioterápico A. solani pode interferer no desenvolvimento in vitro do fungo e se afeta a severidade da pinta-preta em plantas de tomates produzidas em estufa. Métodos: o efeito do bioterápico sobre o fungo foi avaliado através da porcentagem de esporos germinados, observados por microscopia e pelo crescimento de colônias em meio de cultura. Os tratamentos usados foram: bioterápico 26cH, 27cH, 28cH, 29cH e 30cH; água deslitada esterelizada; solução hidroalcoólica diluída e agitada. O efeito do bioterápico no desenvolvimento da doença foi avaliado em 4 experimentos realizados em estufa. As plantas foram mantidas em vasos e submetidas à inoculação artificial do fungo, após a aplicação dos tratamentos. A doença foi avaliada usando-se escalas diagramáticas. Resultados: nenhum tratamento afetou a germinação de esporos ou o desenvolvimento de colônias de fungos, em meio de cultura. No primeiro experimento, o tratamento 26cH diferiu da água (teste de Tukey a 5%) mas não da solução hidroalcoólica diluída e agitada. No segundo, os tratamentos 27cH e 28cH apresentam diferenças significativas tanto em relação à água quanto à solução hidroalcoólica, com um controle da doença da ordem de 57% e 62% respectamente. Os outros 2 experimentos não apresentaram efeitos significativos. Conclusões: não há efeito direto do bioterápico no fungo, porém existe diferença na severidade da doença. Os fatores que afetam a eficiência do bioterápico devem ser melhor entendidos, antes de que sejam recomendados aos produtores, para o controle da pinta-preta em tomateiros Abstract Background: homeopathy is a means permitted in organic agriculture to control disease and plagues; biotherapics are a practical means for farmers to intervene on the health of plants in agro-ecological systems of production. Tomato-plants can be affected by several diseases, one of the most significant ones in Brazil is early blight, caused by fungus Alternaria solani, due to the damage it causes and its wide distribution in the country. Aims: to establish whether a biotherapic of A. solani may interfere on the in vitro development of the fungus and whether it affects the severity of early blight on tomato-plants in greenhouse. Methods: the effect of the biotherapic on the fungus was evaluated through the percentage of germinated spores under microscope and the growth of colonies in a culture medium. Treatments used were: biotherapic 26cH, 27cH, 28cH, 29cH and 30cH; sterilized distilled water; and diluted and agitated hydroalcoholic solution. The effect of the biotherapic on the development of disease was evaluated in 4 experiments in greenhouse. Plants were kept in vases and subjected to artificial inoculation of the fungus after the application of treatments. Evaluation of disease was carried out through diagrammatic scale. Results: no treatment affected the germination of spores or the development of fungus colonies in the culture medium. In the first test, treatment 26cH differed from water in Tukey‟s test at 5% but did not differed from diluted and agitated hydroalcoholic solution. In the second test, treatments 27cH and 28cH showed significant difference from both water and hydroalcoholic solution with an average control of disease of 57% and 62% respectively. The other 2 tests did nor exhibit any significant effect. Conclusions: there was no direct effect of the biotherapic on the fungus, but there was an effect on the severity of the disease. Factors affecting the efficiency of the biotherapic must be better understood before it can be recommended to farmers for the management of early blight in tomato-plants. |