'Farmacologia paradoxal': estratégia terapêutica utilizada pela 'farmacologia homeopática' há mais de dois séculos - IJHDR Teixeira MZ. 'Paradoxical pharmacology': therapeutic strategy used by the 'homeopathic pharmacology' for more than two centuries. International Journal of High Dilution Research 2014; 13(48): 207-226. Disponível em: http://www.feg.unesp.br/~ojs/index.php/ijhdr/article/view/714/740 Teixeira MZ. 'Paradoxical pharmacology': therapeutic strategy used by the 'homeopathic pharmacology' for more than two centuries. Part 1. Homoeopathic Medical Panorama (Indian Homoeopathic Medical Association) 2015; 22(1): 8-17. Disponível em: ResearchGate Teixeira MZ. 'Paradoxical pharmacology': therapeutic strategy used by the 'homeopathic pharmacology' for more than two centuries. Part 2. Homoeopathic Medical Panorama (Indian Homoeopathic Medical Association) 2015; 22(2): 15-36. Disponível em: ResearchGate Resumo Utilizando o método de pesquisa empírico ou fenomenológico para observar os efeitos dos fármacos na fisiologia humana, Samuel Hahnemann propôs o tratamento homeopático. Ele sintetizou a farmacodinâmica moderna na ‘ação primária’ dos fármacos e na consequente e oposta ‘ação secundária’ do organismo. Observando que fármacos com ação primária ‘contrária’ aos sintomas das doenças causavam agravamento dos sintomas iniciais após a suspensão, como resultado da ação secundária do organismo, Hahnemann propôs usar esta reação vital (ação secundária) no sentido curativo, administrando aos indivíduos doentes os fármacos que causavam sintomas ‘similares’ em indivíduos doentes (utilização terapêutica do princípio da similitude). Segundo a farmacologia clínica e experimental, essa ação secundária (reação vital) do organismo é observada no ‘efeito rebote’ ou ‘reação paradoxal’ de inúmeras classes de fármacos, que é o embasamento científico da ‘farmacologia homeopática’. Na última década, expoentes da moderna farmacologia têm sugerido o uso terapêutico da reação paradoxal (‘farmacologia paradoxal’), propondo o uso de fármacos que causam uma exacerbação das doenças no curto prazo para tratar essas mesmas doenças no longo prazo. Nesta revisão, nós comparamos os vários aspectos entre a ‘farmacologia homeopática’ e a ‘farmacologia paradoxal’, reforçando a validade dos pressupostos homeopáticos e ampliando o conhecimento para aperfeiçoar ambas as propostas. Abstract Using the empirical or phenomenological research method by observing the effects of drugs in the human physiology, Samuel Hahnemann proposed the homeopathic treatment. He synthesized modern pharmacodynamic in the ‘primary action’ of the drugs and in the consequent and opposite ‘secondary action’ or ‘vital reaction’ of the organism. Noting that drugs with ‘contrary’ primary action to the symptoms of the diseases caused worsening of the symptoms after its withdrawal, as a result of secondary action of the organism, Hahnemann proposed using this vital reaction (secondary action) in a curative way, administering to sick individuals the drugs that caused ‘similar’ symptoms in healthy individuals (therapeutic use of the similitude principle). According to the clinical and experimental pharmacology, this secondary action (vital reaction) of the organism is observed in the ‘rebound effect’ or ‘paradoxical reaction’ of several classes of drugs, which is the scientific basis of the ‘homeopathic pharmacology’. In the last decade, exponents of modern pharmacology have suggested the therapeutic use of the paradoxical reaction (‘paradoxical pharmacology’), proposing the use of drugs that cause an exacerbation of the disease in the short term to treat these same diseases in the long-term. In this review, we compare the various aspects between the ‘homeopathic pharmacology’ and the ‘paradoxical pharmacology’, reinforcing the validity of homeopathic assumptions and expanding the knowledge to optimize both proposals. |