Ministro alemão se opõe ao fim de subsídios à homeopatia - (Deutsche Welle, 18/09/2019) Titular da pasta da Saúde avalia que gasto das seguradoras de saúde do país com medicina alternativa é irrisório e não justifica uma medida para banir o reembolso desse tipo de tratamento. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/ministro-alem%C3%A3o-se-op%C3%B5e-ao-fim-de-subs%C3%ADdios-%C3%A0-homeopatia/a-50488804 Resumo O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, disse nesta terça-feira (17/09) que sua pasta não pretende obrigar as seguradoras de saúde do país a parar com o subsídio de serviços homeopáticos. Sem entrar no mérito da eficácia ou não desses serviços, ministro avaliou a medicina alternativa na Alemanha representa apenas uma fração dos valores que são reembolsados todos os anos pelas seguradoras. Portanto, seria uma briga sem um ganho substancial e com potencial de desgaste. Segundo Spahn, enquanto as operadoras de planos de saúde do país subsidiam por ano a compra de 40 bilhões de euros em medicações convencionais, o reembolso de tratamentos homeopáticos mal alcança 20 milhões de euros (que corresponde a apenas 0,0005% dos gastos com medicamentos convencionais*). "Eu decidi: está ok como está”, disse o ministro, durante um evento em Berlim. No complexo sistema alemão, é obrigatório possuir um plano de saúde, e várias grandes seguradoras, na disputa por clientes, acabam oferecendo o reembolso parcial ou total de medicamentos homeopáticos como um diferencial. O negócio da homeopatia movimentou 730 milhões de euros no país em 2018. Mas, segundo Spahn, apenas uma pequena parte dessa quantia acabou sendo paga pelas seguradoras. * Analogamente, estudo recente (vide abaixo) evidenciou que o gasto com todas as práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) no Brasil corresponde a 0,008% das despesas ambulatoriais e hospitalares, num total de apenas R$ 2,6 milhôes dentre os R$ 33 bilhões gastos.
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