Drogas imunomoduladoras (natalizumabe), agravação da esclerose múltipla, efeito rebote e similitude Disponível em: BVS Homeopatia / Ecomedicina Acaba de ser publicado no periódico homeopático britânico Homeopathy o artigo intitulado Immunomodulatory drugs (natalizumab), worsening of multiple sclerosis, rebound effect and similitude, incrementando a fundamentação científica do princípio de cura homeopático perante à farmacologia moderna. Segundo essa revisão, hipóteses atuais sustentam que o principal evento na patogênese da esclerose múltipla (EM) é a ativação dos linfócitos T autorreativos periféricos que, após se proliferarem e atravessarem a barreira hematoencefálica, desencadeiam uma cascata de eventos inflamatórios no SNC, culminando com a desmielinização e o dano axonal dos neurônios. A migração desses leucócitos através dessa barreira requer a interação com moléculas de adesão expressas na superfície das células, tais como selectinas, integrinas e seus receptores endoteliais. Natalizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado, inibidor seletivo dessas moléculas de adesão, que impede a migração dos leucócitos ao SNC, reduzindo a frequência dos surtos, o número de lesões cerebrais e a progressão da doença. Apesar dos efeitos primários benéficos desse tratamento enantiopático, estudos experimentais e observacionais evidenciam uma piora na atividade basal da doença após a suspensão do natalizumabe ('efeito rebote' ou 'síndrome inflamatória de reconstituição imune sem leucoencefalopatia multifocal progressiva'), com intensa exacerbação dos sintomas, aumento do número e/ou tamanho das lesões desmielinizantes e progressão fatal da doença. Assim como observado com natalizumabe, fingolimode e drogas antagonistas do fator de necrose tumoral (infliximabe, adalimumabe, etanercepte), vale ressaltar que estudos recentes têm demonstrado uma alta frequência e intensidade de 'efeito rebote' ou 'reação paradoxal' após a suspensão de outros agentes imunomoduladores usados em outras doenças, alertando para os riscos desta nova classe de drogas (modificadores da resposta biológica), que apresenta ação antagônica mais eficaz do que outras classes. Esta constatação baseia-se em uma propriedade intrínseca ao 'fenômeno rebote' e ao 'princípio da similitude', em que a magnitude da ação secundária do organismo é diretamente proporcional à intensidade da ação primária da droga. Com esta revisão, ampliamos em centenas de trabalhos científicos a fundamentação farmacológica dessa linha de pesquisa que vimos desenvolvendo há mais de 15 anos, evidenciando a universalidade da 'lei natural de cura homeopática'. |