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Interesse Geral 

Gordura, obesidade e risco do desenvolvimento de câncer - British Medical Journal - 2017 

Adiposidade e câncer nos principais locais anatômicos: revisão geral da literatura - British Medical Journal - 2017

Kyrgiou M, Kalliala I, Markozannes G, Gunter MJ, Paraskevaidis E, Gabra H, Martin-Hirsch P, Tsilidis KK. Adiposity and cancer at major anatomical sites: umbrella review of the literature. BMJ 2017;356:j477.

Disponível em: http://www.bmj.com/content/356/bmj.j477

 

Resumo

Objetivo: Avaliar a força e a validade das evidências da associação entre a adiposidade (gordura) e o risco de desenvolver ou morrer de câncer. Desenho do estudo: Revisão tipo guarda-chuva de revisões sistemáticas e meta-análises. Critérios de elegibilidade: Revisões sistemáticas ou meta-análises de estudos observacionais que avaliaram a associação entre os índices de adiposidade e o risco de desenvolver ou morrer de câncer. Resultados: 204 meta-análises investigaram associações entre sete índices de adiposidade e o risco de desenvolver ou morrer de 36 cânceres primários e seus subtipos. De 95 meta-análises que incluíram estudos de coorte e usaram uma escala contínua para medir adiposidade, apenas 12 associações (13%) para nove tipos de câncer foram apoiadas por fortes evidências. Um aumento no índice de massa corporal foi associado com um risco maior de desenvolver adenocarcinoma do esôfago; câncer de cólon e câncer retal em homens; câncer no trato biliar e no pâncreas; câncer de endométrio em mulheres na pré-menopausa; câncer de rim; e mieloma múltiplo. Ganho de peso e relação da circunferência cintura-quadril foram associados com maiores riscos de câncer de mama na pós-menopausa em mulheres que nunca utilizaram terapia de reposição hormonal e câncer de endométrio, respectivamente. O aumento do risco de desenvolver câncer para cada 5 kg/m2 de aumento no índice de massa corporal variou de 9% (risco relativo 1,09; intervalo de confiança de 95% 1,06 para 1.13) para câncer de reto entre homens e de 56% (1,56; 1,34 para 1,81) para o câncer do sistema biliar. O risco de câncer de mama pós-menopausa entre as mulheres que nunca usaram TRH aumentou em 11% para cada 5 kg de ganho de peso na idade adulta (1,11; 1,09 para 1,13) e o risco de câncer de endométrio aumentou em 21% Para quadril (1,21; 1,13 para 1,29). Cinco associações adicionais foram apoiadas por fortes evidências quando medidas categóricas de adiposidade foram incluídas: ganho de peso com câncer de cólon e reto; índice de massa corporal com câncer de vesícula biliar, cárdia gástrica e ovário; e mortalidade em mieloma múltiplo. Conclusões: Embora a associação de adiposidade com risco de câncer tem sido estudada extensivamente, associação para apenas 11 tipos de câncer (adenocarcinoma esofágico, mieloma múltiplo e cânceres da cárdia gástrica, cólon, reto, sistema biliar, pâncreas, mama, endométrio, ovário e rim) foram apoiadas por fortes evidências. Outras associações poderiam ser genuínas, mas substancial incerteza permanece. A obesidade está se tornando um dos maiores problemas de saúde pública; força de evidências sobre os riscos associados podem permitir melhor seleção das pessoas em maior risco de câncer, que poderiam ser alvo para estratégias de prevenção personalizadas.

 

Estudos associados

Sedentarismo como Obstáculo à Cura - Benefícios da Atividade Física Regular na Prevenção, Reabilitação e Tratamento das Doenças. 

Disponível em:  http://www.homeozulian.med.br/homeozulian_visualizarinteressegeral.asp?id=71

 



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