Fluxo contínuo: aspectos históricos e clínicos - Revista de Homeopatia Teixeira MZ. Fluxo contínuo: aspectos históricos e clínicos. Revista de Homeopatia (AMHB) 1997; 1(1): 27-37. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/hom-5082 / ResearchGate Resumo Em vista do emprego crescente das altas potências homeopáticas, vemos, freqüentemente, o uso de dinamizações produzidas por fluxo contínuo associadas ou em seqüência numérica a dinamizações obtidas segundo o método hahnemanniano (korsakoviano), numa mistura sem critérios de métodos e escalas. Com este trabalho, visamos esclarecer princípios fundamentais, tanto históricos quanto clínicos, sobre o método farmacotécnico do fluxo contínuo. Através de um levantamento bibliográfico, agrupamos dados da época de Hahnemann até os dias atuais, que indicam o uso pelos homeopatas clássicos das altas potências e as máquinas de dinamização que surgiram para produzi-las. Com a noção de que as altas dinamizações despertariam propriedades intrínsecas das substâncias medicamentosas, atuando mais profundamente nos pacientes, surgem os métodos para produzi-las. Começando com o método do frasco único de Korsakoff, passando por máquinas que tentaram reproduzi-lo e por outras que eliminaram o processo de sucussão, apenas diluindo a dinamização inicialmente empregada, chegou-se até o turbo-dinamizador de Lock dos dias atuais, no qual o movimento centrípeto de um palheta substitui a sucussão hahnemanniana. Mostrando a importância da sucussão no preparo dos medicamentos homeopáticos, vimos também a infrutífera tentativa de se comparar métodos distintos. Pela incapacidade de mensuração da energia do medicamento homeopático, não podemos traçar comparações entre os diversos métodos de dinamização baseando-se apenas na prática clínica pessoal, devendo-se seguir um método por vez, sem misturá-los, caso queiramos ter uma segurança no acompanhamento do caso. Ao misturarmos métodos diferentes estamos praticando empirismo. Quando rastrearmos potências no método de fluxo contínuo, torna-se necessário que utilizemos intervalos maiores, devido à imprecisão do mesmo na busca de potências exatas. Para o mesmo, devemos começar a prescrever potências superiores à inicialmente utilizada para se começar o processo. Abstract In view of the grawing employment of the high potencies, we see, frequently, the dinamization produced by continuous flow associated or in numeric sequence of the dinamization obtained according to the Hahnemann's method, in a mixture of methods without following any criteria. With this work we seek to clarify fundamental beginnings, so much historical as clinical, on the pharmacological flow continuous method. Through a bibliographical survey, we collected data of the time of Hahnemann until the current days, that indicates the use for the classic homeopaths of the high potencies and dinamization machines that appeared to produce them. With the knowledge that the high dinamization would wake up intrinsic properties of the medicine essence, acting more deeply in the patients, the methods appear to produce them. Begining with the Korsakoff's method, another machine that tried to reproduce this method and for another that eliminated the sucussing process just diluting the dinamization initially made, we arrived to the Lock's turbo-dinamizator nowadays, in that centripetal force of a palette substitutes the Hahnemann's sucussing process. Showing the importance of the sucussing in a preparation of the homeopathic medicine, we portrayed the fruitless attempt of comparing different forms of medicine preparation. For the difficulty of measuring homeopathic 'energy', we cannot trace comparisons among the several dinamization methods, based only on the personal medical practice, should be followed one method for time, without mixing them, in case we want to have a safety conclusion of the results. If we mix different methods, we will be practicing empiricism. When we trace potency in the continuous flow it is necessary to use larger intervals, due to inaccuracy of the exact potency search. For the above, we should begin to prescribe higher potencies to the ones initially used to start the pharmacotechnical process. |